- “Rawrm!”, Kir, o feroz dragão de Midranda saúda o seu o mestre ao vê-lo, elevando as suas três cabeças assustadoras.
- “É chegada a hora da tua vingança, oh, fiel companheiro! Vá e destrói aqueles que te feriram!”, comanda o deus tirano.
Postando-se diante de Kir e, realizando gestos circulares enquanto decreta na língua esquecida dos deuses, Midranda invoca a sua Esfera Elemental do Éter Negra, mais uma vez, fortalecendo ainda mais a terrível criatura mítica.
Kir, o dragão, cresce em dimensão e em poder de destruição, assumindo uma forma ainda mais ameaçadora. Os seus olhos reptilianos amarelados tornam-se vermelhos-escarlate e as suas escamas rosadas tingem-se de um tom de cinza escuro sombrio.
- “Rooooooaaaaaar!”.
O intimidador rugido de Kir ecoa em todo o continente e anuncia a chegada do flagelo.
Apesar da derrota do Espírito Negro de Kithius, graças ao próprio Kithius, que se juntou aos exércitos pristonianos no campo de batalha, o imbatível exército de mortos-vivos de Midranda está quase todo reunido em Pillai, novamente, preparando-se para a sua marcha final.
As Armas Sagradas forjadas pelos deuses, quando empunhadas pelos guerreiros puros de coração, quebram o feitiço de Heres.
Mas, os poucos guerreiros, que se demonstram dignos aos deuses, acabam sendo coagidos pelos demais a permanecerem no conflito contra a tribo opositora, sob a ameaça de ferirem os seus familiares.
A Guerra Civil se agrava. A morte, que antes se dava apenas no campo de batalha, agora, chega a todos os lugares e atinge tanto militares quanto civis. A civilização pristoniana está se destruindo por dentro e as consequências são catastróficas.
Em uma pacífica vila agrícola, que não foi alcançada pelo horror da guerra, um grupo de lavradores ara a terra, preparando-a para mais um plantio.
De repente, a sombra de uma criatura alada se projeto no solo, quando Kir cruza, silenciosamente, os céus, como um feroz predador o faz ao se aproximar de sua presa.
Alguns segundo depois, Kir mergulha das alturas em direção aos indefesos agricultores e dispara uma rajada de fogo mortal contra eles, calcinando-os impiedosamente e destruindo os campos de cultura e a vila inteira.
Nem as mulheres e crianças são poupadas.
A besta da profecia apocalíptica da Terceira Guerra dos Deuses ressurge fortalecida e espalha o terror sobre a terra mais uma vez.
Em Ricarten, o caos está instalado.
Desorganizados e ocupados na contenção da Guerra Civil, os pristonianos parecem entregues ao seu próprio destino.
A visão da derrota e da extinção das raças traz um medo estarrecedor, que paralisa a todos.
- “Estamos vivendo o pior momento da história da nossa civilização.
Mal conseguimos tratar os nossos feridos e muito menos organizar os exércitos para combater a invasão de Midranda.
Além disso, todos ouviram o rugido da besta alada... Já recebemos relatos de que vilas inteiras estão sendo consumidas pelo fogo do dragão Kir.
As tropas de Midranda estão concentradas na região de Pillai e estão prontas para desferir o golpe final.
Nenhum plano ofensivo é viável nessa situação!”, desabafa o Comandante Derik.
- “Celina! Você é a deusa Idhas e é a única que pode nos salvar!
Você sabe que, na minha visão, a deusa Idhas é a chave para derrotarmos Midranda.
Por favor, faça alguma coisa!”, desespera-se a Clériga do Templo.
- “Tenha fé nos deuses, Diana! As Armas Sagradas que, agora, se encontram nas mãos dos guerreiros puros de coração, estão sendo banhadas e ativadas pelo poder divino. Esses valorosos guerreiros liderarão os nossos exércitos neste momento difícil e, empunhando as Armas Sagradas, derrotarão a besta Kir”, tranquiliza a Sábia Celina.
Nesse momento, Razik,líder dos Xamãs Reais, e Lirie, Líder das Sacerdotisas, adentram a sala do Conselho.
- “Ao tratar dos feridos, notamos uma energia maligna impregnando os seus corpos.
Heres enfeitiçou os líderes das tribos para incitar a Guerra Civil.
Os Xamãs Reais analisaram a energia maligna e conseguiram isolá-la”, introduz Razik.
- “Com a ajuda das Sacerdotisas dos Elementos e de Idhas, podemos retirar a energia maligna dos pristonianos quebrar o feitiço de Heres e da sua horda de bruxas!”, explica Lirie.
- “Essa notícia não poderia vir em melhor momento!”, exclama Gallia, aliviada.
Reunidas no salão do palácio, Lirie, as Sacerdotisas dos Elementos, Axine, Rubi e Safira, e Celina assumem a formação em círculo para realizar mais um ritual, utilizando-se da técnica da “Fusão”.
Invocando as Esferas Elementais da Terra, da Água, do Fogo, do Ar e do Éter,
a partir da energia maligna isolada pelos Xamãs Reais, criam várias pedras escuras, capazes de absorver a Essência das Trevas e neutralizar feitiço de Heres.
As pedras são coletadas pelo Comandante Derik e por Gallia e são, imediatamente, distribuídas para os guerreiros, que ainda respondem fielmente ao seu comando.
- “Diana, precisamos ir até as ruínas da Arma Antiga.
Midranda foi derrotado pelo seu poder no passado e intuo que poderá ser derrotado, novamente, dessa forma”, explica Celina.
- “Mas... o uso da Arma Antiga é desastroso e as consequências desse mal é que nos trouxeram à essa situação de hoje, Celina...”, retruca Diana, relutante.
- “Eu sei disso, Diana. Não podemos cometer os mesmos erros dos nossos antepassados. Mas, como você previu, se eu sou a chave para vencermos esta guerra, sinto que precisamos ir até lá”, ratifica Celina.
A Sábia Celina e a Clériga do Templo partem, então, em sua jornada até a Arma Antiga, acompanhadas por Gallia e um pequeno grupo de guerreiras.
Confira os detalhes do evento de
Halloween – Parte 3: O Feroz Dragão Kir nas tabelas abaixo: