Os guerreiros do Abismo do Mar, Dey, Koon e Sereia, e as criaturas mutantes, Água Abissal, Raia, Parasita, Caramujo e Fantasma, mantêm as tropas pristonianas ocupadas, que não conseguem evitar o avanço do poderoso e astuto General Zargka e seu exército de Shogoths em direção à cidade de Ricarten.
No seu caminho de destruição, as hordas de Yagditha continuam capturando os pristonianos feridos e derrotados para serem levados e transformados em novos Shogoths no sinistro Laboratório do Abismo do Mar.
Determinado e motivado pelo seu incontrolável desejo de vingança, finalmente, Zargka chega ao seu destino para cumprir a sua dupla missão: roubar a Quintessência e assassinar a deusa Idhas.
O Xamã Real Razik e o Mago Real Ray erguem uma redoma mágica em torno da cidade para protegê-la.
Mas, o General Zargka possui uma força descomunal e, usando todo o peso e rigidez do seu corpo de corais e o topo da sua cabeça como um aríete, rompe a barreira mágica e despedaça os portões que guardam a entrada de Ricarten.
Rapidamente, os Shogoths invadem a cidade e vasculham todos os locais em busca da Quintessência, incendiando as casas, aterrorizando e massacrando os comerciantes, mulheres e crianças.
Pressentindo o perigo, Diana pede ajuda à Lirie, Líder das Sacerdotisas dos Elementos, para evacuar Celina, que ainda se recupera dos ferimentos infligidos por Kithius na última batalha e do desgaste do ritual que realizou para criar a Quintessência e as Poções Mágicas, que adaptaram os exércitos pristonianos ao ambiente subaquático.
Pouco antes de Zargka chegar até os aposentos da deusa Idhas para liquidá-la, Lirie cria um portal mágico e atravessa através dele, juntamente com as Sacerdotisas dos Elementos, Diana e Celina, buscando abrigo na cidade flutuante de Pillai.
Mas, os ávidos Shogoths conseguem encontrar a Quintessência e roubam-na dos pristonianos.
Ao notarem a fuga de Celina, Zargka e seu implacável exército deixam a cidade em ruínas para trás e partem para cumprir a segunda parte da sua missão.
Kyros, Líder do Esquadrão de Lutadores; Ceres, Líder do Esquadrão de Assassinas Reais; Alena, Líder do Esquadrão de Atalantas; Yaratus, Líder do Esquadrão de Magos; e o seu irmão Naratus, Líder do Esquadrão de Cavaleiros, seguem os inimigos de perto e os atraem até o Castelo Bless.
Porém, um grupo de Shogoths se separa dos demais para assegurar a Quintessência roubada e entregá-la ao seu Mestre no Abismo do Mar.
Os Líderes de Esquadrão da frente de resistência pristoniana decidem abrir mão da Quintessência e mantêm-se unidos para conseguirem derrotar o poderoso General de Yagditha.
Na arena sagrada, a luta mais feroz e difícil de suas vidas é travada contra Zargka e seu exército de Shogoths.
Angustiados por terem que lutar contra seus irmãos e irmãs escravizados pelas forças do mal, os corajosos guerreiros superam a sua hesitação e derrotam as tropas que protegem, fielmente, o seu líder.
Cercado e isolado no campo de batalha, após resistir por muito tempo, Zargka é subjugado afinal e os seus membros são imobilizados, um após o outro, por cada Líder de Esquadrão.
Em seguida, num ataque sincronizado, os seus braços e pernas são pulverizados pela magia e poderosos golpes dos corajosos e hábeis guerreiros. No final, Naratus extermina o seu oponente com um golpe fatal de sua espada, partindo a sua cabeça e tronco ao meio e deixando apenas um amontoado de corais mortos ao chão.
Com a queda do General Zargka e a deusa Idhas a salvo, os Líderes de Esquadrão engajam-se contra as hordas de monstros e guerreiros do mar para tentar conter a invasão.
No fundo do mar, os exércitos pristonianos e os guerreiros tritões do Príncipe Zarad, sob a liderança do Comandante Derik, iniciam a sua marcha através dos túneis submarinos, rumo à Fortaleza do inimigo comum aos dois povos.
Sem perceber o iminente ataque, Yagditha recebe a Quintessência dos Shogoths e reinicia a sua linha de produção de novos soldados-escravos.
Mas, logo, é informado sobre a derrota de Zargka e do seu exército no continente e que a deusa Idhas havia escapado com vida. Furioso, decide vingar-se.
Aprofundando, cada vez mais, o seu conhecimento na manipulação das propriedades mágicas da Quintessência, Yagditha aprisiona a alma dos Shogoths derrotados em batalha, que recobraram a sua consciência pristoniana após serem mortos, para serem torturados, eternamente, pelos seus soldados no Abismo do Mar.
O sofrimento das almas pristonianas perdidas é tanto, que Diana, a Clériga do Templo, pode senti-lo no mais profundo da sua alma, como se pudesse ouvi-las gritando, em desespero e tristeza, aos seus sensíveis ouvidos.
- “Nãããooo! Que crueldade!
Como alguém pode ser capaz de cometer tamanha maldade contra um ser vivo?!
Celina! Por favor!
Precisamos fazer alguma coisa!
Nem mesmo após a sua morte física, os pobres pristonianos que foram transformados naquelas aberrações para lutarem contra nós, podem descansar em paz e estão condenados ao eterno purgatório.
Tudo porque Yagditha quer se vingar da deusa Idhas!”, suplica Diana à sua amiga-irmã Celina, após contar a ela o que captou em sua clarividência.
- “Pelo amor aos deuses!
Nenhuma alma merece tão trágico destino, minha irmã!
Aqui, dentro desta caixa mágica, estão as Pedras da Alma.
Certamente, as almas dos nossos falecidos irmãos e irmãs pristonianos estão aprisionadas por uma força mágica opressora dos carrascos designados por Yagditha para torturá-los permanentemente.
O poder das Pedras da Alma coleta a essência da alma dos que perecem próximos a elas e, através do espírito dos oponentes derrotados pelos nossos guerreiros, conseguiremos identificar quem são os monstros que as estão controlando. Só, então, seremos capazes de libertá-las e permitiremos que descansem na eternidade finalmente.
Vamos pedir ao Newter para que envie as Pedras da Alma ao Comandante Derik com a nossa mensagem e aguardar que elas retornem com a essência da alma dos nossos algozes”, explica Celina, angustiada e, ao mesmo tempo, esperançosa.
Mesmo estudando constantemente sobre a utilização da Quintessência para o aprimoramento dos Portais, Newter ainda não está seguro para realizar o teletransporte das Pedras da Alma até as profundezas do Abismo do Mar, ainda mais com o Comandante Derik em movimento, e pede a ajuda das Sacerdotisas dos Elementos.
Nos túneis submarinos, como num passe de mágica, um portal mágico se abre e Derik recebe as Pedras da Alma e a mensagem de Celina, distribuindo-as aos guerreiros logo em seguida, preocupado com o fatídico destino das almas perdidas dos pristonianos.
Conforme planejado, o impressionante exército pristoniano, em aliança com os povos dos sete reinos das águas, leais ao Príncipe Zarad, surge nos arredores da Fortaleza de Yagditha e o surpreende com a rapidez do cerco realizado, sem ser notado pelas suas defesas com antecedência.
De repente, enquanto os exércitos entram em formação de batalha, a Sereia Marina toma uma atitude inesperada e ordena a um grupo de tritões para que a acompanhem em direção ao complexo sistema de filtragem de águas da Fortaleza.
Hermit, o Ermitão, vem acompanhando a sua amiga Sereia de perto, desde o desaparecimento de Zarad, e observou o seu comportamento anormal que, embora tenha se dedicado a manter o seu povo unido, tem sido autoritária e agressiva com os seus iguais.
A princípio, Hermit imaginou que a sua atitude equivocada era a forma que Marina encontrara de lidar com a dor da perda e sofrimento pela ausência do seu amado. Mas, ao notar a movimentação da Sereia, logo, conclui o que ela pretende e avisa, imediatamente, Arteres.
- “Pare, Marina!
O que você está fazendo?
Não podemos dividir as nossas forças, agora, ou seremos derrotados.
Precisamos aguardar o comando de Derik”, intervém Arteres, Líder do Esquadrão das Arqueiras e amiga da Sereia Marina.
- “Não tente me impedir, Arteres!
Aliás, você tem a obrigação de vir comigo e salvar Zarad, depois dele ter salvo a sua vida.
Saia da minha frente!”, ordena Marina em voz alta.
- “É verdade que você e Zarad me salvaram e lhes devo a minha vida.
Mas, não sou sua serva, Marina!
Tudo o que você conseguirá é ser morta por Yagditha, agindo desta forma!”, retruca Arteres, com rispidez.
- “Perdoe a Marina, Arteres!
Ela está sofrendo muito e não sabe o que está fazendo...”, media Hermit.
Marina, após dias sem conseguir derramar uma lágrima sequer, tem uma crise de choro compulsivo e pede perdão à Arteres.
Após refletir e comovida pelo sofrimento de sua amiga, a Arqueira decide conversar com o Comandante Derik e lhe propõe uma estratégia arriscada.
Sendo a única conhecedora do caminho através do labirinto de canos que formam o sistema de filtragem da Fortaleza, talvez, ela consiga desativar as defesas da Fortaleza pelo lado de dentro e abrir os portões para um ataque frontal dos exércitos aliados, assim como foi planejado na estratégia original.
Apesar de relutante quanto ao risco que a corajosa Arqueira está disposta a correr, principalmente, após a sua traumática experiência no cativeiro, o Comandante Derik concorda e autoriza a missão de Arteres.
Em seguida, a Sereia Marina, Hermit, um grupo de tritões, Arteres e um grupo de Arqueiras, esgueiram-se até a entrada do sistema de filtragem e partem na sua perigosa missão, sem serem notados.
Com o inimigo à sua porta, Yagditha envia o seu exército de Shogoths, sob o comando de Sathlas e Arhdyras, para repeli-lo de pronto no exterior da Fortaleza e abalar a moral dos pristonianos.
Atento à mensagem de Celina, o Comandante Derik percebe a ascendência dos Sathlas e Arhdyras sobre os Shogoths e ordena aos exércitos para utilizarem as Pedras da Alma que receberam e coletar a essência de suas almas após serem derrotados.
A primeira ronda da Batalha Final da Guerra dos Mundos é difícil, violenta e sangrenta. Mas, apesar de muitas baixas, os exércitos aliados terminam vitoriosos.
Imediatamente, o Comandante Derik envia as Pedras da Alma com as essências coletadas no campo de batalha de volta para Celina, ativando um outro portal criado por Newter e pelas Sacerdotisas dos Elementos.
Deykoon, o submisso servo de Yagditha que, até pouco tempo, bajulou o deus Midranda também, assusta-se com a primeira derrota sofrida pelo exército do Abismo do Mar e corre, apavorado, até o Laboratório do seu primeiro e atual mestre.
- “Meu Senhor! Meu Senhor!
Estamos sendo derrotados!
O que faremos agora?!”, balbucia Deykoon, tremendo de medo, ao adentrar e interromper Yagditha em seu labor frenético.
- “Cale-se, traidor!
Os Shogoths são dispensáveis e serviram apenas para enviar a mensagem sobre o destino que aguarda os pristonianos que ousarem a continuar esse ataque sem sentido e que não têm chance de vencer.
A minha Fortaleza é impenetrável!
Em breve, com esta Quintessência, o nosso exército será mais numeroso e mais poderoso do que o do nosso inimigo, que sequer passará da nossa porta de entrada.
O tempo está ao nosso lado.
Sem o bastardo do Zarad para liderá-los, a guerra está perdida para eles!”, declara Yagditha, confiante.
Deykoon retira-se do local, mas o tamanho do seu medo não lhe permite sentir-se tão confiante quanto o seu senhor.
No interior do Santuário do Abismo, desnutrido e ferido, Zarad continua escondido nas sombras, evitando o exército de Midranda, que parece dormente, enquanto o seu deus recupera-se nas águas medicinais da fonte de Zairweus.
Cambaleante e prestes a perder a consciência, Zarad realiza um esforço heroico para tornar-se invisível mais uma vez e, perigosamente, tentar chegar até a fonte, onde repousa o terrível deus maligno.
Arrastando-se, silenciosamente, através de centenas de guerreiros inertes, Zarad consegue se aproximar das águas milagrosas.
Mas, ao tocá-las, observa o brilho dos olhos vermelhos de Midranda sob a superfície, que parecem observá-lo e notar a sua presença, apesar de estar invisível.
Para sua sorte, Zarad consegue beber das águas sem chamar atenção da entidade submersa e o brilho ameaçador dos olhos de Midranda retornam ao repouso.
De volta ao seu refúgio nas sombras do Templo, já recuperado, de repente, o Príncipe exilado ouve um som estridente, que parece ser emanado a partir de uma flauta mágica, cuja melodia só pode ser escutada por tritões e Sereias. Inusitadamente, a exótica música está sendo tocada dentro daquela mesma sala.
Tornando-se invisível mais uma vez, Zarad decide seguir o som até a sua origem.
Mas, ao chegar ao local exato que, pela sua aguçada audição, percebe ser a sua fonte de emanação, não consegue ver nada à sua frente.
Ainda intrigado, Zarad tateia o espaço vazio com as suas mãos e toca, aparentemente, em uma pequena criatura, também, invisível.
Ao entrar em contato físico com aquele misterioso ser, sente-se estranho, como se cada célula do seu corpo estivesse se desintegrando e tornando-se leve como o ar.
Subitamente, a sua mão é agarrada pela criatura, que começa a conduzi-lo através do Santuário, em direção à saída.
Com os seus corpos sutis como o ectoplasma dos espectros, os dois atravessam a barreira mágica de Midranda e os portões do Templo, até afastarem-se dos guardas de Yagditha e encontrarem um local seguro.
Finalmente, a estranha e pequena criatura revela-se como Deykoon, para a surpresa de Zarad.
Deykoon conta ao Príncipe que, após a sua missão à Dimensão Sombria a mando de Midranda, e com todas as modificações que a sua fisiologia sofreu para adaptar-se ao ambiente terrestre e tornar-se invisível em outra dimensão, houve efeitos colaterais inesperados na sua estrutura molecular. Além de transformar-se em anfíbio, adquiriu a estranha habilidade de fazer as suas células vibrarem em uma frequência tão alta, que o permite atravessar paredes e, ainda, causar o mesmo fenômeno em tudo o que toca quando se encontra neste estado físico alterado.
Na sequência, mostrando o frasco vazio da poção de invisibilidade de Midranda, que guardou em sua sacola de couro após retornar do continente, Deykoon afirma que conhece uma saída secreta da Fortaleza e que vai ajudá-lo.
Ainda desorientado e desconfiado sobre o motivo de Deykoon ter-lhe salvado, sem outra alternativa, Zarad segue-o pelo caminho indicado.
Um pouco antes disso, nas profundezas da Fortaleza de Yagditha, quando o grupo de Marina encontra a trilha para a entrada subterrânea, guiado por Arteres, a Sereia e os tritões ouvem a melodia da flauta mágica de Deykoon também.
O coração de Marina enche-se de esperança e, no seu íntimo, acredita que é um sinal de Zarad, pedindo-lhe ajuda.
O grupo segue, cautelosamente, em direção ao som do instrumento e ao Santuário do Abismo, ao mesmo tempo em Arteres procura uma forma de desativar as defesas da Fortaleza e abrir os portões para o Comandante Derik.
No mesmo instante, Yagditha ativa as terríveis Droseras do Abismo, que formam a defesa natural do imenso castelo de pedra com o veneno mortal do seu pólen, e envia os Caramujos mutantes monstruosos para contaminar o exército invasor com os seus parasitas, dando início à segunda ronda da Batalha Final da Guerra dos Mundos.
Em Pillai, Celina recebe as essências coletadas pelas Pedras das Almas e, após analisá-las, confirma as suspeitas do Comandante Derik em relação aos Sathlas e aos Arhdyras serem os carrascos das almas aprisionadas dos pristonianos caídos.
Entretanto, Yagditha demonstrou já ser possuidor de um conhecimento avançado na manipulação da Quintessência e a maldição lançada sobre os Shogoths não é fácil de ser quebrada.
Celina, Diana, Lirie, as Sacerdotisas dos Elementos, Razik e Ray dedicam-se a encontrar uma forma de libertar a alma dos guerreiros aprisionados, mas não conseguem avançar sem a Quintessência que foi roubada por Yagditha e não há mais Essências da Vida nem das Trevas suficientes para produzir mais.
A Guerra dos Mundos chega ao seu ponto mais crítico e o destino dos povos está por ser decidido pelas mãos dos deuses e semideuses do Priston.
Confira, novamente, os detalhes do evento O Retorno de Yagditha – Um Mergulho no Infinito, que foi Prorrogado para você continuar curtindo por mais uma semana na Saideira de Férias de Verão no BPT: