Enquanto o Carnaval chegava ao fim, marcado pelo Desfile das Campeãs na avenida, vários grupos de guerreiros ainda enfrentavam os indomáveis ursos, ensandecidos após consumirem o néctar das frutas mutantes contaminadas pela Maré Negra de Midranda.

 

Graças a exaustiva pesquisa dos Xamãs e Sacerdotisas Reais, o antídoto para descontaminar os ursos da infecção foi produzido. Com a ajuda dos guerreiros comandados por Derik, o antídoto foi ministrado em todos os ursos que, em poucos minutos, recobram a consciência e voltaram ao seu estado normal, tratou-se de um trabalho árduo! Logo em seguida, foram libertados nas florestas do continente. Apesar de estarem aparentemente curados da infecção, os ursos passarão a ser monitorados pelos pesquisadores do Conselho.

 

Alguns dias se passaram, após os últimos acontecimentos.

O Conselho encontra-se reunido, mas eis que as grandes portas do salão real se irrompem, revelando o velho Raymon seguido de duas grandes figuras já conhecidas, Dzari e Tsora. Tsora, com feições que expressam extrema preocupação, relata que parte dos lagartos que vivem no santuário do Pântano do Crepúsculo, tem apresentado um comportamento anormal há algum tempo. Porém, nos últimos dias, a situação tem piorado. Parte dos lagartos tornaram-se mais agressivos do que o comum, enquanto outros ou se dispersaram do bando ou adoeceram de forma inexplicável. 

 

Após escutarem atentamente a explicação de Tsora, os integrantes do Conselho encaram-se e transmitem, através de olhares, uma reação de como se já soubessem das causas do que acabara de ter sido relatado. Então, Derik explica à Tsora os últimos acontecimentos relacionados à Maré Negra, que a deixa ainda mais preocupada. Acompanhada de alguns pesquisadores, direcionados pelo Conselho, Tsora retorna imediatamente para o Pântano.

 

Sem que pudessem perceber, um vulto escondido atrás de algumas pedras, observava o grupo que acompanhava Tsora, durante a coleta de amostras de água no rio do santuário sagrado dos lagartos.

 

            - “A água está contaminada? Por isso os lagartos estão estranhos?”, murmura o vulto.

            - “Então será fácil colocá-los sob meu comando. Ah papaizinho, seus dias estão contados!”

            - “Vamos Zardo, temos trabalho a fazer!”, ordena Dzera, revelando-se por trás das pedras após a saída do grupo que acompanhava Tsora.

 

Em algum lugar remoto no Pântano do Crepúsculo, Dzera vive em seu esconderijo junto com seu amante, o General Zardo, desde que foi derrotada em sua invasão frustrada ao continente, seguidos por um exército de lagartos que simpatizam com suas ações. O atual acontecimento no Pântano fez florescer o seu desejo de vingança contra o seus pais, que nunca se extinguiu e tem se fortalecido a cada dia que passa.

 

Ao saber da contaminação pela Maré Negra, Dzera passa a observar o comportamento dos lagartos que tiveram contato com a água e nota que alguns deles parecem ter perdido um pouco do controle do seu estado racional. Ardilosa, não hesita e envia alguns de seus lagartos para infiltrar-se no bando, com o intuito de atraí-los até o seu esconderijo e assim fortalecer o seu exército. Aparentemente a água contaminada ainda não surtiu efeito negativo em seus lagartos, ou sua região ainda não foi afetada, mas não deixa de ser uma preocupação pertinente de Dzera.

 

Já antecipando a intromissão dos pristonianos, juntamente com sua irmã Dzari, Dzera reúne um grande grupo de lagartos e os envia para atacar o continente. Para a vingativa Dzera, livrando-se deles poderá dominar o Pântano do Crepúsculo e acabar, de uma vez por todas, com o reinado dos seus pais.

 

Os lagartos começam a ser avistados em várias regiões, abrindo as cortinas de mais uma batalha intensa.

 

 

Confira os detalhes do evento A Vingança de Dzera - Parte 1: