O plano de Dzera para exterminar os pristonianos permanece em curso. Derik envia, imediatamente, grupos de guerreiros de elite para combater a invasão dos lagartos enfurecidos ao continente, enquanto grupos distintos recebem ordens apenas para capturá-los. Pesquisadores incumbidos de coletar amostras das regiões para onde os grupos de guerreiros haviam sido designados, também os acompanham.

 

Alguns dias se passaram, e os primeiros grupos enviados por Derik começaram a retornar.

No laboratório do Castelo Real, portando diversas cápsulas com amostras de água, solo, plantas e sangue de animais, os pesquisadores mantêm-se focados em estudá-las minuciosamente.

O Conselho encontra-se reunido, mais uma vez, e aguarda o resultado da análise dos pesquisadores, que não foi nada animador: Cerca de 43% das amostras mostravam sinais de contaminação com a substância que estava presente na Maré Negra.

 

            - “Está explicado o porquê não temos visto nenhum movimento de Midranda nos últimos tempos. Ele quer nos destruir por dentro!”, comentou Derik, socando a mesa.

            - “Se a água, a vegetação e os animais estão contaminados, parte dos pristonianos também estão, por terem ingerido esses alimentos”, pronuncia-se Lirie, Líder das Sacerdotisas dos Elementos, demonstrando sua preocupação.

 

Tendo em vista o que foi exposto durante a reunião do Conselho, uma força tarefa é organizada com urgência. Sacerdotisas Reais são enviadas aos locais onde há incidência da contaminação, para examinarem os moradores. Especialistas do Conselho iniciam os trabalhos para descontaminação da água, enquanto os Xamãs Reais trabalham em um novo antídoto para os lagartos que, por terem uma fisiologia diferente das dos ursos, não reagem ao composto criado anteriormente.

 

No Pântano do Crepúsculo, observando o seu exército, Dzera nota que vários lagartos contaminados começam a sofrer algumas mutações. Com mudanças na coloração da pele, assumindo uma pigmentação pálida, os lagartos passam a ficar agressivos e, aos poucos, vão perdendo mais ainda o controle do seu estado racional. Já estava ficando difícil controlá-los dentro do esconderijo.

 

            - “Vamos Zardo, é hora de acabar com esses pristonianos”, comenta Dzera.

            - “Claro, minha amada. Andem, preparem os lagartos surtados, vamos levá-los para o ataque!”, ordena Zardo.

 

Com extrema dificuldade em controlar o bando de lagartos ensandecidos, Dzera e seu exército deixam o Pântano, seguindo o caminho secreto que leva ao continente.

Inesperadamente, já em solo pristoniano em meio a uma floresta, seu grupo acaba esbarrando em um outro grupo de lagartos, porém estes aparentavam estar saudáveis. Dentre eles, eis que duas silhuetas se revelam.

 

            - “Ora, ora… irmãzinha”, resmunga Dzera.

            - “Dzera? Como? O que está acontecendo?”, indaga Dzari.

            - “Não é possível que esteja se aproveitando da situação!”, questiona Tsora.

            - “Fiquei escondida todo esse tempo esperando a melhor oportunidade e ela chegou!”

            - “Mas os pristonianos devem ser eliminados primeiro. Ha ha ha ha!”

 

Dzera liberta os lagartos contaminados que imediatamente avançam contra o grupo de Dzari, iniciando um combate mortal entre os dois grupos. Zardo e Dzera aproveitam a confusão e escapam com parte do seu bando, seguindo o caminho para a sua vingança contra o Conselho Real.

Confira os detalhes do evento A Vingança de Dzera - Parte 2: